Momento de Paz
Sento de fronte à janela.
Minha visão viaja longe.
Com ela meus pensamentos se vão.
Partem para além do cotidiano.
Partem para além do questionável,
do problemático, do discutível...
Pela janela não há vida no presente.
Pela janela só o pensamento vazio, distante.
Um exemplo da irreal realidade.
Apenas o onde que cabe na imaginação.
Ao longe, a serra se ergue.
Alta, poderosa, intransponível à visão.
Abaixo o vale, mais verde do que nunca.
Exuberância que se faz notar... dimensão, horizonte, infinito...
Leves ondulações do terreno criam figuras ao sabor da imaginação.
Repentinamente o silêncio é quebrado pelo matraquear de um bando de maritacas.
O distante relinchar de um cavalo, deixa claro que a natureza tenta seguir seu curso.
O cajueiro, infestado de pardais, também impede que o silêncio imponha sua ditadura.
As sombras dos coqueiros, dançam exoticamente, ao movimento do vento.
Os perfumes das flores misturam-se ou, a cada direção da brisa, um aroma diferente.
A brisa tem o frescor da roça, do capim molhado... coisa do campo!
O Entardecer é sinônimo de paz, de tranqüilidade.
Pela janela, a rede na varanda é um convite irrecusável.
A janela já perde seu momento de encanto.
A renda da cortina, esvoaçantemente branca, é trocada pelo sisal.
Um novo horizonte se expõe.
Um céu azul, um pé bougainville rosa, outro lilás... um branco... ao fundo uma roseira... rosas vermelhas... como a paixão!
No telhado, escondido entre as telhas, um ninho.
Estridente com minha presença, um casal de pardais, num incansável vai e vem, cuida dos filhotes.
Aos poucos se acostuma com minha presença e já não se alvoroça tanto!
Me permitem o prazer de admirá-los!
Num vôo rasante, um anú pousa e balança na cerca, sua longa cauda é o que o equilibra.
Mais um... outro... em instantes são alguns.
Distante, o latido de um cão, me lembra que o mundo não é meu.
Me lembra que não sou só eu no mundo
Leve e lentamente, com um simples movimento dos pés, me ponho a balançar na rede...
vai e vem...vai e vem...vai e vem!
Um bom livro, o complemento ideal.
Música? Faz-se desnecessário, quebraria o encanto.
As pálpebras pesam e desmedidamente e insistentemente os olhos se fecham.
O sono é leve, solto,
É sono sonso, desleixado, largado, inegavelmente relaxante.
Não há uma segunda página no livro.
Já não importa o que havia para ler.
Não há o que fazer, apenas desfrutar a paz.
Por: Marcos Woyames de Albuquerque
Minha visão viaja longe.
Com ela meus pensamentos se vão.
Partem para além do cotidiano.
Partem para além do questionável,
do problemático, do discutível...
Pela janela não há vida no presente.
Pela janela só o pensamento vazio, distante.
Um exemplo da irreal realidade.
Apenas o onde que cabe na imaginação.
Ao longe, a serra se ergue.
Alta, poderosa, intransponível à visão.
Abaixo o vale, mais verde do que nunca.
Exuberância que se faz notar... dimensão, horizonte, infinito...
Leves ondulações do terreno criam figuras ao sabor da imaginação.
Repentinamente o silêncio é quebrado pelo matraquear de um bando de maritacas.
O distante relinchar de um cavalo, deixa claro que a natureza tenta seguir seu curso.
O cajueiro, infestado de pardais, também impede que o silêncio imponha sua ditadura.
As sombras dos coqueiros, dançam exoticamente, ao movimento do vento.
Os perfumes das flores misturam-se ou, a cada direção da brisa, um aroma diferente.
A brisa tem o frescor da roça, do capim molhado... coisa do campo!
O Entardecer é sinônimo de paz, de tranqüilidade.
Pela janela, a rede na varanda é um convite irrecusável.
A janela já perde seu momento de encanto.
A renda da cortina, esvoaçantemente branca, é trocada pelo sisal.
Um novo horizonte se expõe.
Um céu azul, um pé bougainville rosa, outro lilás... um branco... ao fundo uma roseira... rosas vermelhas... como a paixão!
No telhado, escondido entre as telhas, um ninho.
Estridente com minha presença, um casal de pardais, num incansável vai e vem, cuida dos filhotes.
Aos poucos se acostuma com minha presença e já não se alvoroça tanto!
Me permitem o prazer de admirá-los!
Num vôo rasante, um anú pousa e balança na cerca, sua longa cauda é o que o equilibra.
Mais um... outro... em instantes são alguns.
Distante, o latido de um cão, me lembra que o mundo não é meu.
Me lembra que não sou só eu no mundo
Leve e lentamente, com um simples movimento dos pés, me ponho a balançar na rede...
vai e vem...vai e vem...vai e vem!
Um bom livro, o complemento ideal.
Música? Faz-se desnecessário, quebraria o encanto.
As pálpebras pesam e desmedidamente e insistentemente os olhos se fecham.
O sono é leve, solto,
É sono sonso, desleixado, largado, inegavelmente relaxante.
Não há uma segunda página no livro.
Já não importa o que havia para ler.
Não há o que fazer, apenas desfrutar a paz.
Por: Marcos Woyames de Albuquerque
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