Nietzsche para Estressados -Resumo do livro
Nietzsche para estressados
Prólogo
Filosofia para o dia a dia
NIETZSCHE PARA ESTRESSADO
Sé um manual inteligente, provocador
e estimulante que reúne 99 máximas do gênio alemão e sua aplicação prática a
várias situações do dia a dia. A filosofia de Nietzsche é de grande utilidade
na busca de uma solução para uma série de problemas, tanto na vida pessoal
quanto na profissional.
Este breve curso de filosofia
cotidiana foi criado para nos auxiliar naqueles momentos em que precisamos
tomar decisões, recuperar o ânimo, encontrar o caminho certo quando estamos perdidos
e relativizar a importância dos fatos da vida. É indicado para pessoas que
procuram inspiração no pensamento do filósofo mais influente da era moderna
para combater as angústias e os medos dos dias de hoje.
Cada capítulo é iniciado por um
aforismo desse grande pensador, seguido de uma interpretação atual que nos ajuda
a alcançar o bem-estar.
No final, há um anexo que explica
o valor terapêutico da filosofi a e suas aplicações no cotidiano. Conheceremos
o trabalho dos filósofos terapeutas, popularizado pelo livro Mais Platão, menos
Prozac, de Lou Marinoff, e e ntenderemos como máximas dos pensadores de todos
os tempos podem oferecer uma ajuda da melhor qualidade.
Antes de conhecer seus
pensamentos, saiba um pouco sobre a vida do grande mestre.
Friedrich Wilhelm Nietzsche
nasceu em 1844, na cidade alemã de Röcken. Seu pai era pa stor evangélico e
faleceu quando o filho tinha 5 anos. O menino cresceu em um ambiente de
pietismo protestante dominado por mulheres.
Após frequentar um internato,
onde foi apresentado à Antiguidade grega e romana, estudou filosofi a clássica
nas universidades de Bonn e Leipzig. Nessa última, entrou em contato com as
ideias de Schopenhauer e com a
música de Wagner, compositor
que admirava e que mais tarde
conheceria pessoalmente.
Em 1869, com apenas 25 anos,
Nietzsche já era professor de
filologia clássica na
Universidade da Basileia. No entanto, sua
atividade docente foi
interrompida em 1870, quanto estourou a
Guerra Franco-Prussiana.
Nietzsche participou do conflito
como enfermeiro, até ser
obrigado a abandonar o front por
causa de uma disenteria, da
qual nunca se recuperou
totalmente.
Em 1881, conheceu Lou Andreas
Salomé, mulher por quem se apaixonou perdidamente mas que acabaria se casando
com um amigo seu. A rejeição ajudou a consolidar sua proverbial misoginia.
Obrigado a se aposentar
prematuramente por conta de sequelas da doença, Nietzsche viveu na Riviera
francesa e no norte da Itália, lugares que considerava ideais para pensar e
escrever.
Sozinho e frustrado por suas
obras não alcançarem a acolhida desejada, foi vítima de seus primeiros acessos
de loucura em 1889, quando morava em Turim e estava praticamente cego.
Após longas temporadas internado
em clínicas da Basileia e de Jena, Nietzsche passaria o fim da vida na casa da
mãe, que cuidou dele até morrer, deixando-o ao encargo da irmã. Nietzsche faleceu
em 1900.
Seu ambicioso legado filosófico
até hoje não perdeu o poder inspirador e instigante.
Quem tem uma razão de viver é capaz de suportar qualquer coisa
QUANDO PERDEMOS DE VISTA nossos
objetivos fundamentais,
somos dominados pelo estresse e
pela desorientação. A sensação
de “trabalhar muito para nada” e
o esgotamento que dificulta a
concentração podem ser combatidos
com a definição de uma
meta clara, que ofereça sentido
ao que estamos fazendo nos bons
e nos maus momentos.
Para o psicólogo Viktor Frankl,
se o indivíduo encontra um
sentido para sua vida, é capaz de
superar a maior parte das adversidades. A logoterapia, criada por ele, busca
exatamente isto:
em vez de escavar o passado do
paciente, tenta explorar o que é
possível fazer com o que ele tem
aqui e agora. Em outras palavras,
devemos encontrar um motivo para
nos levantar da cama todas
as manhãs.
O problema de muitas pessoas insatisfeitas
com sua existência é que elas não pensam na vida que gostariam de viver. E a
primeira condição para encontrar-se é saber aonde se quer chegar.
Como fez Frankl meio século mais
tarde, Nietzsche destaca
a importância de se buscar uma
“razão de viver”. Quando nossa
vida se torna plena de sentido,
de uma hora para outra os esforços já não são cansativos, e sim passos
necessários em direção à
meta que estabelecemos.
O destino dos seres humanos é
feito de
momentos felizes e não de épocas
felizes
A FELICIDADE É FRÁGIL E VOLÁTIL,
pois só é possível senti-la em certos momentos. Na verdade, se pudéssemos
vivenciá-la de forma
Ininterrupta, ela perderia o
valor, uma vez que só percebemos que somos felizes por comparação.
Após uma semana de céu nublado,
um dia de sol nos parece um milagre da Criação. Do mesmo modo, a alegria
aparenta ser
mais intensa quando atravessamos
um período de tristeza. Os dois sentimentos se complementam, pois, da mesma
forma que
a melancolia não é eterna, não
poderíamos suportar 100 anos de felicidade.
Imaginar que temos obrigação de
ser felizes o tempo todo e em todo lugar é um grande fator de estresse na
sociedade moderna. A negação da tristeza dispara o consumo de antidepressivos e
a busca de psicoterapias e nos leva a adquirir coisas de que não precisamos.
Não exibir um sorriso permanente parece ser motivo de vergonha.
Contra essa perspectiva falsa e
infantil, Nietzsche nos lembra que a felicidade vem em lampejos e que tentar fazer
com que ela dure para sempre é aniquilar esses lampejos que nos ajudam a seguir
em frente no longo e tortuoso caminho da vida.
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