Sexualidade Sadia




Já há muitos anos os assuntos sobre sexo são sempre os mesmos, e as queixas também: ejaculação precoce, perda de ereção, impotência, frigidez etc.

As pessoas buscam no sexo o que não existe em suas próprias vidas. O prazer do compartilhar com o outro, o êxtase total, e a harmonia parecem não existir.

Na prática, sabe-se muito pouco sobre sexo. Alguns mal conhecem o próprio corpo, outros tem muito medo de relaxar. Em muitos momentos, a rigidez parece tomar conta de cada centímetro de nossos músculos e então, ao tocar o outro, o nível de presença e magnitude perde toda a força.

A relação acaba não passando de uma simples descarga de tensão nervosa e pouco se sente, pois é rápido demais. O orgasmo em si dura poucos segundos. E para muitas mulheres, nem chega a durar alguns segundos, pois o envolvimento e o relaxamento não foram suficientemente alcançados para que brotasse o prazer.

Daí passa a surgir a insatisfação com o parceiro. Projetamos a nossa impaciência e falta de envolvimento com a pessoa que estamos nos relacionando, onde muitas vezes isso acaba servindo de estímulo para você ir procurar mais e mais parceiros. O que não muda muito, pois em poucos meses a rotina se torna a mesma e toda a empolgação do inicio deixa de existir.

Viemos ao mundo através do sexo. Não sabemos ao certo se existiu prazer no momento em que fomos gerados. Talvez, o papai estivesse feliz, se sentindo bem ou não, e a mamãe estivesse tensa sem sentir nada ou sentindo muito prazer. Alguns não sabem ao certo quem são os próprios pais.

Quanto mais insatisfeito com o sexo, mais insatisfeito consigo mesmo e vice-versa. Saiba que o comprometimento é seu também.
Não temos como ter uma boa relação sexual com alguém se não aprendermos a sentir prazer sozinho.

Quando fomos gerados e quando éramos ainda bebezinho, nosso corpo era pura sensação. Bastava um único estímulo e sentíamos de forma intensa a vida. No banho, a água quentinha caindo sobre o corpinho macio e delicado, o contato com a mamãe na amamentação, puxa! Que maravilha. Ali também não havia pensamentos, só o momento presente. Toda a atenção estava voltada para a ação.

Agora voltemos para você durante o sexo. Muitos pensamentos? Onde está sua atenção?
Quando focamos a nossa atenção para além de nós mesmos, perdemos um quantum significativo de energia.
A relação a dois é: você está em você, sentindo o seu corpo, trazendo a presença em cada parte do seu Ser. Dessa forma, o corpo naturalmente irá se aquecer e uma intensa energia vital percorrerá os seus canais (meridianos ou nadis). Os seus sentidos ficarão apurados, seus olhos se abrirão atentos para o seu parceiro(a) que estará diante de você e, no qual ele ou ela será um veículo físico e divino, do auto-sentir-se e sentir ao outro. A partir de então, vocês compartilharão da totalidade entre as duas polaridades: o feminino e o masculino (yin e yang), ou até mesmo entre casais homossexuais onde sempre um acaba assumindo uma postura masculina ou feminina.

A Energia Sexual
Falar sobre essa energia é falar da criação, da vida, do perfeito e completo. Quanto mais sexual é o individuo mais criativo e vital. Porém, muitas pessoas confundem ser sexual com ser maníaco por sexo ou pornografia. Não, não é bem assim. Ser sexual é trazer a manifestação da criação, da alegria e da pureza para a vida. Ser e poder caminhar descalço, sem preocupaçães nem impregnações dos traumas do passado. É a presença do encaixe através do corpo físico.

Impregnações e distúrbios sexuais
O que seria uma impregnação?

A impregnação é algo que está registrado nas nossas células através de uma experiência própria do passado ou uma herança ancestral. Essas impregnaçães são criadas através de fatos já ocorridos e estão registradas na memória e no corpo. Talvez, você nem mesmo se lembre dos acontecimentos, ou recorde apenas de algumas imagens ou rápidos "flashes", mas no decorrer da vida ocorreram vários registros no qual durante a ação, as emoções foram estimuladas podendo ser tanto positivas como negativas.

Algumas pessoas quando ainda muito pequenas, seja na infância ou mesmo na adolescência, por exemplo, podem ter sido assediadas ou até mesmo abusadas sexualmente por parentes ou pessoas desconhecidas. Numa situação como essa, um indivíduo com intenções perversas e aproveitadora deixou ali sua intenção e marca de crueldade e desrespeito num ser indefeso.

Uma criança ou até mesmo um adulto sente no próprio corpo a tristeza de ser invadido. No momento em que sentimos a invasão, o corpo geralmente se contrai em defesa própria e, a partir desta contração, retemos a informação das lembranças desagradáveis. Portanto, a partir disso já está evidente uma impregnação.

Não é preciso que haja contatos físicos para que se crie uma impregnação. Às vezes, uma simples discussão no qual somos agredidos por palavras, ou ao se deparar com cenas chocantes, e até mesmo o convívio dentro de um ambiente conturbado podem ser o suficiente para criar uma impregnação.

As pessoas que contém impregnações na região sexual dificilmente se sentem totalmente à vontade com o parceiro ou livres para falarem sobre sexo. São geralmente pessoas tímidas, preconceituosas e sentem muito medo de ousarem ou mostrar suas emoções abertamente.

Quantas pessoas você conhece que falam de sexo abertamente? Por aí, você pode ter uma base de como podemos estar impregnados sexualmente.

Às vezes essas impregnações são passadas através dos nossos ancestrais (pais, avós, tios). Sabemos que há alguns anos atrás, as mulheres mal conheciam o seu namorado e já eram praticamente forçadas a se casarem mantendo a virgindade até o momento do casamento. A mulher ou o homem continuavam unidos, mesmo não havendo uma afinidade entre o casal, pois sentiam pressão da sociedade e do próprio medo. Até hoje, sabemos que muitos casais ainda mantém esses padrões.

Graças às gerações mais ousadas, muitas vezes chamadas de rebeldes, hoje somos um pouco mais livres para escolher. Entretanto, ainda falta consciência e informação.

Homens e mulheres que por medo também não assumem o homossexualismo constituem uma família vivendo com uma mulher ou com um homem, sendo que no fundo a sua sexualidade está reprimida, pois a sua vontade é de expressá-la com outro companheiro(a) de uma outra forma, que foge dos padrões sociais.

Os valores sociais, muitas vezes criados a partir das próprias impregnações daqueles que a moldaram, foram castrando a espontaneidade do Ser humano e gerando pessoas robotizadas e preconceituosas no decorrer de todos esses anos. Dessa forma, é muito difícil o indivíduo ser sexual.

Os distúrbios sexuais são dos mais diversos. Não interessa o que acontece nas suas relações sexuais, mas sim o quanto você está satisfeito e como você está desenvolvendo a sua sexualidade.

O princípio é: satisfeito ou não satisfeito.O que para um é adequado, muitas vezes não o é para o outro.

Muitas pessoas se queixam por não sentirem vontade de fazer sexo. Mas, quem anda se queixando: você que não quer fazer sexo ou o seu companheiro(a) que quer e você não?

Ou talvez você tenha muito desejo sexual e não encontra nenhum companheiro(a) que o(a) acompanhe.

O princípio é equilibrar e desenvolver a sexualidade. Você pode fazer sexo todos os dias, a cada semana ou a cada mês e ser feliz com isso. Não há problema algum.

Agora, quando você percebe que existe algo de errado com você, com o seu corpo, com suas emoções ou quando você faz sexo, aí algo pode ser melhorado.

A ciência tem sempre o costume de colocar nome em tudo e taxar tudo como síndrome, como se todas as pessoas fossem iguais. Não é bem assim. Em um nível, cada um de nós é diferente do outro, pois somos únicos, com experiências próprias e portanto não podemos apenas rotular: você tem isso e pronto.

Portanto, tome muito cuidado em dizer que você tem um distúrbio sexual. Às vezes, é apenas uma impregnação que você ainda não compreende.

O que seria desenvolver a sexualidade?

Desenvolver a sexualidade é ser você a partir da criação. Não sabemos ao certo a quanto tempo existimos, mas podemos sim lembrarmos de quem somos na Essência.

Sabemos que boa parte do sentir prazer na vida está na região sexual. As escolas indianas falam do chacra sexual (svadhishthana) que localiza-se abaixo do umbigo e na área acima dos órgãos genitais.

Esse chacra controla a parte inferior do abdômen e os rins. Um chacra sexual mal desenvolvido ou desequilibrado implica em pessoas que tem problemas nos rins, mal funcionamento dos órgãos sexuais e no aparelho reprodutor em geral.

O chacra sexual está ligado também às emoções, principalmente aos medos. As pessoas que apresentam muito medo também tem acometimentos neste chacra. Podemos caracterizá-lo como o chacra do movimento, da expansão e da intuição emotiva.

Ao trabalhar essa região temos condições de pulsar nossa energia vital a fim de abastecer as demais partes do corpo como um todo, pois uma parte reflete na outra.

Autor: Elaine Lilli Fong
Instituto União

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